domingo, 10 de agosto de 2008

O que é um processo terapêutico?


Por que fazer terapia?

Eu diria, com muito entusiasmo: para aumentar as chances de ser feliz!
Isso mesmo! Se você se conhece, se vai mergulhando cada vez mais nessa jornada fascinante para dentro de si mesmo, suas escolhas passam a ser mais coerentes com quem você realmente é. Você começa a descobrir o que é seu e o que é do outro, que crenças e desejos são dos seus pais, da cultura a que pertence ou da sociedade, de modo geral. O que você quer manter e o que quer mudar.

Uma outra razão é a possibilidade de identificar e comunicar com clareza emoções ou sentimentos. Quantos de nós (quase todos!), em função de um processo educativo castrador e repressivo, não têm dificuldade em entrar em contato com a raiva, o medo, a inveja? Ou ainda, de chorar, expressar amor, carinho e ternura?
Quantas brigas surgem por não termos clareza do que sentimos e por não comunicarmos nossa emoções (ou o fazermos de forma equivocada) ? Quantos casais se desentendem porque o homem quer o prazer através do sexo e a mulher deseja carinho, afago? (Assim como o contrário também)
Por que não poder pedir o que se necessita e dar ao outro o que ele pede?!
Para isso, é preciso saber primeiro o que se quer; é necessário reconhecer necessidades físicas, emocionais, mentais e espirituais e o meio de atendê-las.
E como esse auto-conhecimento acontece no processo terapêutico? É no vínculo, na relação que se estabelece entre o cliente e o psicoterapeuta, que isso ocorre. Este último funciona como um espelho, em que a pessoa se reflete. Ele não dá conselhos, não sugere, não resolve os problemas do outro. Escuta, questiona, acolhe, apóia, conforta e, por que não dizer, é amorosamente compassivo.

Técnicas são utilizadas para investir, esclarecer, trazer novos ângulos, mas elas são recursos auxiliares. É no âmago da relação que a cura acontece e ela não é unilateral, se dá em ambas as partes.
Sim, o terapeuta também cresce, amadurece, se modifica com o processo terapêutico de seus clientes. Acho que já está bem difundido o conhecimento de que a dualidade é uma ilusão e que tudo se inter-relaciona no Universo. Então, como o crescimento se daria em um só lado?!

Existem diferentes abordagens psicoterapêuticas e todas elas dão sua contribuição para o crescimento do indivíduo. Cabe a cada um se informar e buscar aquela linha com que mais se afina, assim como é possível também experimentar diferentes abordagens ao longo de um caminho terapêutico.
Pessoalmente, acredito que há ciclos na vida da pessoa que convidam a este ou aquele profissional, a esta ou aquela abordagem.

Para finalizar, é imprescindível que qualquer profissional que trabalhe com o crescimento humano tenha o seu próprio processo de auto-conhecimento. Como alguém pode cuidar do outro , se não cuida de si mesmo?!
Portanto, mova-se! Busque-se, investigue-se, "conheça-te a ti mesmo" , como disse Sócrates. Embarque nessa fantástica jornada em busca de si mesmo. Ela é fascinante, pode apostar!
E libertadora!

Boa sorte!
Liliane Dias Barbedo

(texto retirado da internet)
Heráclito

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